O dia 1º de Maio é marcado internacionalmente como o Dia do Trabalhador, uma data que visa conscientizar sobre os direitos trabalhistas e conscientizar sobre as conquistas alcançadas pela classe trabalhadora ao longo das últimas décadas.
Mas, apesar de alguns avanços importantes que conquistamos nas últimas décadas, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir trabalho digno, justo e com direitos para todos, inclusive para as mulheres.
A desigualdade entre mulheres e homens permanece no mercado de trabalho brasileiro. Elas ganham menores salários e tem menor participação, mesmo que o nível de escolaridade feminina seja superior, segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2022.
Os dados apontam que 53,3% das mulheres participam da força de trabalho. Enquanto isso, a taxa masculina é de 73,2%. Além disso, do total de pessoas em cargos gerenciais, 60,7% são homens e 39,3% mulheres.
Em nosso país, as mulheres ainda recebem, em média, apenas 79% do salário dos homens para funções semelhantes. Mesmo com a recém-aprovada Lei da Igualdade Salarial, essa realidade cruel mostra o tamanho dos nossos desafios como sociedade.
Além do trabalho formal, as mulheres também são as principais responsáveis pelos afazeres domésticos e outras atividades do lar, o que também impacta no seu desempenho e presença no mercado de trabalho. De acordo com dados, em 2022, as mulheres brasileiras prestam essas atividades no dobro do tempo dos homens, são 21,3 horas contra 11,7 horas.
Por isso, é importante recordar que apenas com a união, organização e mobilização da nossa sociedade será possível superar os desafios que permeiam a presença da mulher no mercado e construir ambientes onde o trabalho feminino seja valorizado e remunerado de forma justa e decente.
É necessário que as mulheres ocupem cargos na política para assegurar que os direitos conquistados sejam respeitos e a elaboração de leis tornem a presença da mulher no mercado de trabalho mais digna e com mais equidade.